os olhos se movem em convulsões gelatinosas, como uma lagarta devorando folhas, e folhas de papel eles devoram para alimentar a insaciável fome por conhecimento de uma larva recém-saída do ovo, de uma alma recém-caída do éden.
é hora então de repousar empanturrados, envoltos pelas pálpebras, na crisálida dos sonhos que cultiva a química da metamorfose, a reparação das memórias pela reflexão profunda.
as pálpebras eclodem, o casulo irrompe as novas cores criadas pela mistura de saber e introspecção, pelo balanço entre o alimento e o repouso regenerador que gera nova vida, novas ideias, uma borboleta de asas cor de córnea-e-íris, pronta para voar por um novo mundo, pois o mundo se renova quando os olhos que o vêem se transformam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário