Sons de tambores alternam em rimo frenético. Braços meio que ondas compassam. “Vi você dançando para mim, era você Aganju? Era você Yoruba?”. Abrigada em veículo fechado e translúcido, vejo surgir o cenário azul na linha férrea do Alecrim: como fachada de capelas erguidas atravessando a avenida, escuridão de noite-madrugada, homens e crianças sentadas nas calçadas verossímeis, bem vestidos de azul, roupas antigas, calças justas, camisa de algodão, vestidos de cetim marcados por sianinhas nas barras. Seguravam velas nas mãos. A luz daquelas velas era toda a luz. As portas do que pareciam igrejas, deixavam livres o asfalto por onde percorria o meu veículo. Portas soando pórticos. “É de Oxum Babalorixá. Querem paz”. Na travessia, percebo ser aquela uma encruzilhada (azul).
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